Eu era capaz de passar cem anos a ouvir contar histórias...


Eu era capaz de passar cem anos a ouvir contar histórias. Cem anos ou mais! Enquanto houvesse histórias eu estava lá para ouvir. Mas a mais bonita de todas foi uma que o meu avô me contou quando era mais pequena. Já não me lembro muito bem dessa história que ele me contou para eu adormecer, mas sei que era uma história com muita alegria, muito amor e muita felicidade porque lembro-me da expressão na sua cara, que representava muita alegria. Quando começou a contar a sua história disse-me que eu ia gostar muito dela e que ia aprender uma pequena lição com ela que poderia vir a ser muito importante.
Lembro-me que era uma história de amor em que um homem e uma mulher se conhecem em adolescentes e são obrigados a afastarem-se. Muitos anos depois encontram-se, por acaso, numa cidade completamente diferente, que se situava a muitos quilómetros de onde se conheceram. Nessa cidade, eles tiveram uma filha e foram muito felizes.
O meu avô ensinou-me a pensar positivamente e que nunca podemos perder a esperança. Posso já não me lembrar muito bem dessa história mas nunca me vou esquecer daquela cara tão alegre nem do que aprendi com ele.


Inês Teixeira ( no âmbito do estudo da obra, Diário Inventado de Um Menino Já Crescido de José Fanha)

Sem comentários: